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sábado, 30 de outubro de 2010

Diferenças e semelhanças entre SERRA E DILMA

Estamos às portas de uma importante eleição presidencial. Para alguns os ânimos estão apaixonados e a escolha feita turva a razão. Não me parece muito razoável para manter uma reflexão de nível. Vamos tentar ponderar, do nosso limitado ponto de vista, as semelhanças e diferenças entre os dois candidatos. Fazemos isso estimulados pela mensagem do Papa Bento XVI aos bispos brasileiros, neste dia 28.10.2010. O Santo Padre afirmou que a participação dos padres e bispos na política é “mediata” e a dos leigos é “imediata”. Sintético e genial. Cabe ao clero formar as consciências, ajudar a refletir e cuidar das coisas da Igreja. Cabe aos leigos e leigas militar na política e cuidar das coisas da família e da sociedade. Portanto, mesmo já tendo escolhido em quem vou votar (meu direito enquanto cidadão), esta opção não está em pauta neste artigo.
JS pensa do global para o pessoal. Sempre vê a partir do macro para chegar ao micro. Tem uma estrutura de pensamento claramente dedutiva. DR tem pensamento de matriz indutiva. Normalmente parte do real para o ideal, do micro para o macro, da pessoa para a sociedade, do fato para a norma. JS é signatário da visão de Estado praticada desde o governo FHC, que acredita no setor privado e tende a enxugar a máquina do governo. DR acredita em um Estado forte, com um Governo que atue e monitore atentamente o setor privado. JS inclina-se a promover o setor produtivo e empreendedor. DF faz a opção preferencial pelos que trabalham e consomem. JS tem uma poesia agradável aos ouvidos da classe média. DF fala o português das classes populares. Incomoda o fato de nenhum dos dois candidatos terem explicitado por escrito clara e detalhadamente seu projeto de governo. Ambos se apresentam como administradores compentes para o Brasil. São igualmente frágeis no carisma. Têm claras dificuldades diplomáticas. JS normalmente conjuga o verbo na primeira pessoa do singular. É personalista. Se eleito, fará um governo à sua imagem e semelhança. Tem dificuldades de referir-se ao próprio partido. Pensa que é o sol. DR parece orientada para sistematicamente conjugar o verbo na primeira pessoa do plural. Apresenta-se como representante de um governo que tem aprovação popular, especialmente do presidente Lula. Mas vez por outra trai esta orientação mostrando-se tão personalista quanto JS. Eleitos, certamente governarão com personalidade. Ambos terão o desafio de domar seus ávidos partidos. Até o momento PT e PSDB, por motivos diferentes, brincam de esconde-esconde. Ninguém viu José Dirceu… Ninguém viu FHC.
Algumas pessoas dizem que estamos diante de dois candidatos muito parecidos. Engano. São muito diferentes. José Serra (JS) tem mostrado uma ênfase na economia, enquanto Dilma Rousseff (DR) tem insistido na questão social como eixo transversal de seu modo de pensar a vida. Ultimamente veio para o centro do debate a questão da vida, emblematizada pela descriminalização do aborto. Até o papa se pronunciou. A questão é fundamental e irrenunciável, mas não me parece que possa servir de critério para escolher ou excluir um dos candidatos. Aberta ou veladamente os dois se inclinam pela descriminalização. Infelizmente. Um já fez no passado; outra sabe que seu governo já faz no presente… e fará!
Vamos para as urnas… e que vença: O BRASIL!

Artigo do Pe Joãozinho disponivel em:  http://blog.cancaonova.com/padrejoaozinho/2010/10/30/diferencas-e-semelhancas-entre-serra-e-dilma/

terça-feira, 12 de outubro de 2010

12 de outubro


Consagração à Nossa Senhora Aparecida

Ó Maria Santíssima, que em vossa querida Imagem de Aparecida espalhais inúmeros benefícios sobre todo o Brasil; eu, embora indigno de pertencer ao número de vossos filhos e filhas, mas cheio do desejo de participar dos benefícios de vossa misericóridia, prostado ao vossos pés - consagra-vos meu entendimento, para que sempre no amor que mereceis.

Consagro-vos a minha língua, para que eu sempre vos louve e propague vossa devoção. Consagro-vos meu coração, para que, depois de Deus, vos ame sobre todas as coisas. Recebei-me, ó Rainha Incomparável, no ditoso número de vossos filhos e filhas. Acolhei-me debaixo de vossa proteção.

Socorrei-me em todas as minhas necessidades espirituais e temporais e, sobretudo, na hora de minha morte. Abençoai-me, ó Mãe Celestial, e com vossa poderosa intercessão fortalecei-me em minha fraquesa, a fim de que, servindo-vos fielmente nesta vida, posso louvar-vos, amar-vos e dar-vos graças no céu, por toda eternidade.

Assim seja, Amém!

Fonte: Santuário Nacional

sábado, 2 de outubro de 2010

CNBB pede para fiéis não votarem dem Dilma Rousseff

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou uma carta na qual pede que os fiéis não votem na candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff.


Leia a carta na íntegra:


Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus


Com esta frase Jesus definiu bem a autonomia e o respeito, que deve haver entre a política (César) e a religião (Deus). Por isto a Igreja não se posiciona nem faz campanha a favor de nenhum partido ou candidato, mas faz parte da sua missão zelar para que o que é de "Deus" não seja manipulado ou usurpado por "César" e vice-versa.


Quando acontece essa usurpação ou manipulação é dever da Igreja intervir convidando a não votar em partido ou candidato que torne perigosa a liberdade religiosa e de consciência ou desrespeito à vida humana e aos valores da família, pois tudo isso é de Deus e não de César. Vice-versa extrapola da missão da Igreja querer dominar ou substituir-se ao estado, pois neste caso ela estaria usurpando o que é de César e não de Deus.


Já na campanha eleitoral de 1996, denunciei um candidato que ofendeu pública e comprovadamente a Igreja, pois esta atitude foi uma usurpação por parte de César daquilo que é de Deus, ou seja o respeito à liberdade religiosa.


Na atual conjuntura política o Partido dos Trabalhadores (PT) através de seu IIIº e IVº Congressos Nacionais (2007 e 2010 respectivamente), ratificando o 3º Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH3) através da punição dos deputados Luiz Bassuma e Henrique Afonso, por serem defensores da vida, se posicionou pública e abertamente a favor da legalização do aborto, contra os valores da família e contra a liberdade de consciência.


Na condição de Bispo Diocesano, como responsável pela defesa da fé, da moral e dos princípios fundamentais da lei natural que - por serem naturais procedem do próprio Deus e por isso atingem a todos os homens -, denunciamos e condenamos como contrárias às leis de Deus todas as formas de atentado contra a vida, dom de Deus,como o suicídio, o homicídio assim como o aborto pelo qual, criminosa e covardemente, tira-se a vida de um ser humano, completamente incapaz de se defender. A liberação do aborto que vem sendo discutida e aprovada por alguns políticos não pode ser aceita por quem se diz cristão ou católico. Já afirmamos muitas vezes e agora repetimos: não temos partido político, mas não podemos deixar de condenar a legalização do aborto. (confira-se Ex. 20,13; MT 5,21).


Isto posto, recomendamos a todos verdadeiros cristãos e verdadeiros católicos a que não dêem seu voto à Senhora Dilma Rousseff e demais candidatos que aprovam tais "liberações", independentemente do partido a que pertençam.


Evangelizar é nossa responsabilidade, o que implica anunciar a verdade e denunciar o erro, procurando, dentro desses princípios, o melhor para o Brasil e nossos irmãos brasileiros e não é contrariando o Evangelho que podemos contar com as bênçãos de Deus e proteção de nossa Mãe e Padroeira, a Imaculada Conceição.


Dom Luiz Gonzaga Bergonzini